14/09/2025: Depois de quatro dias dedicados ao bacalhau, essa joia atlântica que Portugal ergueu como bandeira, pensei ter explorado suas infinitas nuances. Eu estava enganado. Hoje, finalmente, o descobri em sua forma mais sublime. O que chegou à minha mesa não foi um prato: foi uma declaração de intenções, um hino ao mar. A matéria-prima, de nobreza insuperável, foi apresentada com a humildade da perfeição, como se soubesse que nada nela precisava de embelezamento excessivo. O bacalhau se dissolveu em flocos de veludo, puro, limpo, sem emendas: a própria essência do oceano transformada em arte.
O serviço, por sua vez, foi um exercício de coreografia invisível. Atenciosos sem invadir, próximos sem quebrar a magia, cada gesto da equipe era um lembrete de que a excelência não está apenas servida no prato, mas também no cuidado dispensado a cada momento. E hoje, no meu aniversário, essa excelência se transformou em um gesto tão elegante quanto inesperado: um detalhe que, longe de ostentação, foi o abraço perfeito para uma noite inesquecível.
06/09/2025: Um cardápio de almoço meticulosamente preparado. O chef conhece bem o ofício e o serviço foi muito simpático.