28/05/2025: Voltei a esse encanto de restaurante, localizado bem no burburinho da Baixa, bem ao lado do arco da Rua dos Sapateiros. Uma pequena fila de espera e pronto: sentamos bem no centro do salão. Uma sopa maravilhosa de entrada, carapauzinhos fritos, arroz de tomate, tudo muito bem preparado e saboroso. A Merendinha continua merecendo um "excelente"! Atendimento eficiente, cortês, ambiente agradável, com uma mescla de turistas e moradores, enfim, um almoço nota 10!
14/05/2025: A Merendinha do Arco: Uma Joia Tradicional Encravada no Coração de Lisboa
Foi ao atravessar o Arco da Rua dos Sapateiros, em passeio vespertino com meu filho Luiz Eduardo, que o destino nos presenteou com uma daquelas surpresas que apenas Lisboa sabe oferecer aos que caminham sem pressa e com os sentidos despertos.
À nossa frente, discreta mas vibrante de autenticidade, estava a Merendinha do Arco Bandeira. Bastou um olhar à ementa — enxuta, honesta, sem firulas — para perceber que estávamos diante de uma verdadeira joia gastronômica da cozinha tradicional portuguesa.
Mais tarde, juntamente com meus irmãos Jacqueline e José Alfredo, decidimos todos, então, não apenas provar, mas celebrar. Sentamo-nos e entregamo-nos a uma refeição completa: entradas saborosas, pratos principais preparados com alma e precisão — daqueles que carregam a memória do país inteiro —, tudo regado por um vinho da casa que, com simplicidade e elegância, harmonizou cada garfada como se abençoasse o momento.
O atendimento, cordial e eficiente, fez-nos sentir não clientes, mas convidados. E os preços — justos, generosos, quase comoventes — provam que o luxo verdadeiro é poder comer bem sem ostentação.
A Merendinha é mais do que uma tasca: é um relicário de sabores que resistem ao tempo, um santuário da comida com raiz, onde o passado se serve à mesa com dignidade e calor humano.
Em tempos de menus artificiais e receitas sem alma, reencontrar a verdade no prato é um privilégio raro. E Lisboa, com sua sabedoria de velhinha encantadora, ainda sabe onde escondê-la.
— Jorge Pinho