Restaurante Ocean em Lagoa

A criatividade de Hans Neuner não tem limites. A sua vontade de inovar, de criar ambientes cénicos sofisticados e cinematográficos para os seus menus e para os seus pratos também não. Hans não se poupa a nada para garantir que cada prato é apresentado do modo que melhor recria a experiência que o inspirou e, para o conseguir, desenha e encomenda peças novas, compra outras nas suas viagens e partilha connosco essa inspiração. O esforço, o empenho, a não resignação, a energia e, claro, o talento e a técnica fazem de Hans um Chef brilhante. Toda a equipa que trabalha no Ocean acompanha Hans neste rigor, nestes roteiros gastronómicos e fazem-no com enorme profissionalismo e amabilidade. O João Wiborg, com a sua humildade, discrição, educação e conhecimento enciclopédico do mundo do vinho potencia o trabalho da cozinha e proporciona um serviço ímpar. Este menu asiático é, portanto e acima de tudo, o resultado de um trabalho colossal. Como experiência foi intenso, coerente e bem conseguido. Os sabores asiáticos, pela sua natureza, são fortes mas neste menu procurou-se um equilíbrio que oferecesse alguma delicadeza e contraponto, sendo o resultado final harmonioso. Provavelmente este menu beneficiaria sendo um pouco menos extenso mas compreende-se que a vontade de contar uma história e de partilhar uma viagem se sobreponha e dê vontade de acrescentar sempre algo mais. Foi um privilégio poder conhecer este menu e, mais uma vez, estar neste enorme e lindíssimo restaurante onde todos sem excepção formam uma equipa fora de série.

Sehr gelungenes Menü annonciert als Expedition durch Asien. Der Start genial mit Gänseleber, Mango und tatsächlich mit Zimt, angekündigt als bereits verspäteter Erstflug. Gefolgt von Sardellen, Ingwer und Erdnüssen als Streets of Macao. So ging es weiter mit Thunfischbauch, Steinpilz-Miso und japanischem Senf. Alles aufzuzählen, sprengt hier den Rahmen, doch es wäre es auf jeden Fall wert sich dafür die Zeit zum Schreiben zu nehmen. Wahrer Genuss schon beim Anschauen, fast zu schade ums Aufessen. Manchmal ein betörender Geruch, teils schmeichelte es mehr dem Gaumen. Kurz gesagt, der Abend verging wie im Flug, von wegen Verspätung und endete nicht in einer Nacht in Bangkok mit Seezunge, Kohlrabi und Kampot-Pfeffer, sondern weckte mit einem Fleischgang als Renard Rouge Wachtel noch Erinnerungen als vormalige Noma. Es waren die hochzarten Kohlblätter, die dort auf Holzkohlen gegrillt wurden, hier (positiv) eher knackig getrocknet wirkten. Und so gabs auch noch einen Glückskeks mitten an der Algarve. Krönender Abschluss nach zwei unvergesslichen Abenden dann der Blick in die Küchenschmiede des Hans Neuner mit einem netten Wortwechsel so unter Menschen aus Tirol, Wien und Berlin. War wirklich toll, Danke!