02/02/2025: Fazes-te à estrada com o destino traçado e a mesa marcada.
É dia de contemplar e saborear o mar.
Passas apressado pelo santuário altaneiro de Viana, Santa Luzia, que pode esperar, porque o teu primeiro destino é este santuário gastronómico que dá pelo nome de Mariana, ali em Afife, terra de adopção do poeta portuense Pedro Homem de Mello, que deu nome à rua e ali se mantém há décadas, nesse ambiente despretensioso, mas de sólidos princípios gastronómicos.
E a escolha foi, invariavelmente, para dois ex libris da casa. De entrada, as Zamburinhas, essas pequenas e suculentas vieiras pequenas, ainda quentes da chapa, com aquele inconfundível molho que lhes enaltece o sabor, regadas com o vinho verde da casa, oriundo de monção, na espera pelo Robalo, que primeiro se apresentou despido e ainda cru, só para termos a certeza da escolha e do sexo, porque ostentava as ovas, para depois reaparecer, sublime, cozido no vapor, inteiro, com algas, com meia rodela de limão em cada lanho, ornamentado com imaculadas batatas da terra arenosa e o intenso feijão verde. Um manjar dos Deuses! Tudo acompanhado com a maionaise e o o molho verde caseiros.
É pensas e dizes: é o melhor robalo que comi! Dizes sempre isto há anos, porque é verdade.
Rematas com um leite creme delicioso, queimado na hora e saís , rumo ao outro santuário, com aquela firme determinação: Havemos de ir à Mariana! Muitas vezes, se Deus quiser.
02/02/2025: Comida absolutamente deliciosa e serviço amigável. Fomos logo quando abriram e não tinha tanta gente. Quando terminamos, estava cheio, não admira por que, era uma comida tão saborosa.